segunda-feira, 27 de maio de 2019

Lovedrive


 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para quem cresceu nos anos oitenta, o nome Scorpions era sinônimo de garra e de um bom rock pesado. Discos como Blackout (1982) e Love at First Sting (1984) iniciaram milhares de garotos no ofício de ouvir boa música, mas foi com o álbum Lovedrive, lançado em 1979, que a banda alemã deu o pontapé inicial na fase mais popular de sua carreira.

O Scorpions dos anos 70 era capitaneado pelo guitarrista virtuoso Uli Jon Roth, uma espécie de Hendrix alemão. Roth, a maior atração da banda até então, abandonou o barco logo após uma bem sucedida tour japonesa, que gerou o impecável Tokyo Tapes (1978).

Apesar de o Japão estar na mão do Scorpions, nos Estados Unidos eles era ilustres desconhecidos. Além disso, os anos 80 estavam por vir e toda uma geração estava sedenta por guitarras afiadas. A era de Eddie Van Halen e Randy Rhoads estava apenas começando.

Desfalcados justamente de seu guitarrista solo, o jeito que Rudolf Schenker achou para virar a mesa foi chamar seu irmão Michael (que havia debandado do UFO) para participar da gravação do novo disco de estúdio do grupo. Michael era um ídolo na América, cultuado por todo iniciante da guitarra. Seu nome associado ao dos Scorpions seria um belo atrativo (Michael havia gravado somente o primeiro disco do grupo, Lonesome Crow, de 1972).

Como Michael já vinha traçando a criação de seu novo time (o MSG), fez questão de deixar bem claro que daria somente uma forcinha. Ficava evidente que os Scorpions precisariam de um guitarrista fixo, alguém que vestisse a camisa e tivesse bala na agulha para competir com os Rhoads e Halens da vida. A banda anunciou na Melody Maker que estava procurando por um guitarrista solo. Depois de audições com cerca de 140 músicos, Matthias Jabs ganhou a parada. Com três guitarristas, o Scorpions estava preparado para o que der e vier.

Resultado: Lovedrive, seu melhor disco de estúdio até hoje. Michael Schenker aparecia em três faixas que já faziam valer o álbum: a faixa-título (uma espécie de "Achilles Last Stand" do Scorpions), "Another Piece of Meat" e a maravilhosa "Coast to Coast". Outros destaques ficam por conta da irresistível levada de "Loving You Sunday Morning", o reggae (sim, alemães fazendo reggae!!!) de "Is There Anybody There?", a paulada "Can´t Get Enough" e as baladas "Holiday" e "Always Somewhere".

A sonoridade captava com agressividade os timbres azeitados não só das guitarras, mas também da voz altíssima de Klaus Meine e da cozinha simples, porém correta, de Francis Buchholz e Herman Rarebell.

Lovedrive foi o primeiro disco da banda a alcançar ouro nos States. Uma nova era começava para eles, a era dos mega-festivais, dos quais os principais dos anos oitenta o Scorpions esteve presente: Rock in Rio, Monsters of Rock e U.S. Festival.

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