sexta-feira, 24 de maio de 2019

"Sons Of Northern Darkness".


 






Meu primeiro contato com o Immortal se deu de modo traumático! Fui introduzido a sonoridade da banda pela minha, então namorada (hoje, para minha fortuna, esposa). Ela, conhecendo meu gosto por uma linha mais tradicional do Heavy Metal, fulminou meu toca-cedê com "Diabolical Fullmoon Mysticism" (lançado em 1992). Era o mesmo que jogar um garoto colegial sozinho nas docas, a noite! Foi um massacre. Como a gravação do CD deixava a desejar ative-me à estética do grupo. Headbangers cuspindo fogo, com letras pagãs, arredios, obscuros, rostos e corpos cobertos por uma pintura tétrica… ganharam meu coração imediatamente. Havia algo ali. Havia talento. Continha uma inspiração terrivelmente mal direcionada, pessimamente gravada. Foram necessários mais 5 discos e 10 anos para a sonoridade do Immortal ser alçada a categoria de masterpiece. O disco "Blizzard Beasts" (de 1997) parece começar um novo traçado na carreira da banda, amadurecido em "At The Heart Of Winter" (1999), levando-os a "Damned In Black" (2000). Essa sim, a gema bruta! O mosto. Derradeiro suspiro do amadorismo sonoro. Lindo, focado em um Black Metal maiúsculo, orgulhoso, constituindo o último degrau para a perfeição que viria a seguir.

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