“Follow the Blind”, que é marcado não só pelo fim da fase Speed Metal da banda, como também por conter dois dos maiores clássicos da discografia dos bardos: “Banish from Sanctuary” e “Valhalla”.
Álbum este que abre com a curtíssima
introdução “Inquisition”. Em seguida vem a já citada “Banish from
Sanctuary”, que traz todo o Speed Metal praticado nos primórdios da
banda. A faixa tem um dos refrãos mais viciantes do grupo e ganha muita
força nas versões ao vivo. Além disso, “Banish from Sanctuary” conta
também com um Thomen Stauch simplesmente destruidor na bateria e belas
performances dos guitarristas, principalmente André Olbrich, que detona
no solo.
“Damned for All Time” segue na mesma
linha da anterior, com Thomen Stauch sendo como um trator nas baquetas e
Hansi Kürsch tendo um desempenho seguro no baixo e muita agressividade
no vocal. A faixa tem outro refrão impactante, tal como “Banish from
Sanctuary”.
Depois de duas músicas intensas, o Blind
Guardian traz uma mais cadenciada. “Follow the Blind” não é das minhas
favoritas do álbum, mas tem alguns pontos a serem destacados, como o
baixo de Hansi Kürsch, que ganha mais notoriedade, e as passagens
melódicas dos violões nas partes inicial e final.
A mistura que envolve peso, agressividade
e refrãos pegajosos se repete em “Hall of the King”, mas com um baixo
com volume aumentado e um dos melhores solos de guitarra do disco. “Fast
to Madness” já tem mais variedade rítmica, contrastando peso com
trechos mais cadenciados.
“Beyond the Ice” é uma instrumental que
destaca bem a habilidade dos integrantes em seus respectivos
instrumentos. A faixa abre caminho para o maior clássico já composto
pelo Blind Guardian até hoje: a mítica “Valhalla”. A última música
autoral do trabalho tem performances irrepreensíveis de todos os
integrantes, principalmente André Olbrich, com seus solos virtuosos e a
bateria de Thomas Stauch novamente impiedosa. “Valhalla” tem também a
primeira participação de Kai Hansen em uma música do Blind Guardian, o
que voltaria a acontecer nos dois álbuns seguintes, “Tales from the
Twilight World” (1990) e “Somewhere Far Beyond” (1992).
“Follow the Blind” poderia até ter
terminado em “Valhalla”, mas a banda resolveu colocar dois covers
desnecessários no disco. “Don’t Break the Circle”, do Demon, é
interessante pelo andamento, mas o refrão é bem fraco. Já “Barbara Ann”,
do The Regents, é bem chatinha e não agrega nada ao álbum. De forma
geral, “Follow the Blind” é excelente e mostra uma banda com muito vigor
e a caminho de se tornar um dos gigantes do Power Metal.
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