quinta-feira, 23 de maio de 2019

NOBLE SAVAGE




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A partir do que eu posso observar, o Virgin Steele, originário de New York, é uma banda detentora de grande prestígio, com uma legião fiel de seguidores, mas que não obteve ainda, no Brasil, todo o alcance que poderia ter, apesar de fazer um estilo bem aproximado de uma das paixões nacionais, que é o Power Metal melódico. Um pouco mais cru e direto no começo da carreira; mais elaborado e orquestrado em anos mais recentes.
“Noble Savage”, o terceiro trabalho em sua discografia, encontra-se dentro dessa primeira fase e pode ser considerado um clássico da banda e do estilo como um todo. Aqui, encontraremos o Virgin Steele em sua fase mais, digamos, pura. Trata-se de um Metal épico na linha do que era feito na América do começo dos anos 80, sem aqueles exageros que depois viriam a contaminar todo o cenário, além do próprio Virgin Steele. Uma mescla de canções naturalmente metálicas com outras de forte tendência para o Hard Rock.
Ambas as facetas estão bem caracterizadas ao longo do disco, mas de fato, quando eles investem no Hard Rock, o fazem sem qualquer pudor ou restrição. Vão bem fundo nessa pegada, que podemos observar escancaradamente em faixas como “The Evil In Her Eyes” e “Rock Me”. Também vale incluir aqui a radiofônica balada “Don´t Close Your Eyes” que é bem suave a agradável.
No lado Metal, a banda estava sintonizada com o que faziam suas conterrâneas Armored Saint, Omen e Manilla Road, naquele mesmo ano de 1985. Com exceção da rapidez da ótima faixa “Fight Tooth and Nail”, as demais canções são marcadas pelo andamento forte e cadenciado, numa linha rítmica que bebe bastante do estilo do Judas Priest e que gera faixas emblemáticas como “I´m On Fire”, a abertura “We Rule the Night”, a clássica “Noble Savage”, e as levadas absolutamente épicas de “Thy Kingdom Come” e “The Angel of Light”.
David DeFeis sempre demonstrou ter uma visão precisa do que quer e assumiu a produção do álbum. Ele tem sido o rosto e alma da banda por todos esses anos, tão vinculada está a sua personalidade ao grupo quanto seria se se tratasse de um projeto solo. Escudado pelo companheiro Edward Pursino, que tem sido o único outro membro constante na formação desde a concepção desse álbum, quando chegou para substituir o guitarrista original, Jack Starr, o vocalista segue liderando o Virgin Steele. A parceria entre os dois é do tipo que nos permite aferir que o Virgin Steele, na verdade, funciona como uma dupla, em torno da qual os demais músicos seguem as diretrizes superiores. A banda não se abstém de, cada vez mais, aprofundar-se nas culturas clássicas e convertê-las na forma da melhor música, acertando e errando, mantendo uma linha de composição, mas sem se tornar escravo de sua própria obra, permitindo-se criar variações em torno da mesma. Sob esse ponto de vista, o status de banda cult passa a ter uma perspectiva ainda mais elevada e do qual DeFeis e sua trupe são merecedores incontestáveis.

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